sexta-feira, 26 de junho de 2009

Nosso Diário de Viagem, iniciando por Jope




Espiritualidade, beleza, história, emoção, paixão... são as palavras mais usadas por quem visita Israel e Roma. Não se trata apenas de um roteiro exótico da Ásia, mas de um encontro com as raízes de nossa fé e com uma melhor compreensão do contexto histórico e geográfico da Bíblia. Vimos em todos os lugares a marcante presença do Império Romano, Bizantino, das Cruzadas, Cavaleiros Templários e, principalmente, de Jesus e do início do Cristianismo.



Jope (ou Jafa) foi o primeiro lugar que visitamos. É uma cidade fascinante.
Banhada pelo mar mediterrâneo, mantém um ar de mistério em razão de sua arquitetura oriental e suas muitas referências bíblicas.



Na porta acima está escrito: "Casa de Simão, o Curtidor". Foi na casa deste homem que Pedro hospedou-se, quando teve a visão do lençol com animais considerados imundos. A partir desta cidade o Cristianismo saiu das muralhas do Judaísmo para ganhar o mundo.



Muitas são as ruelas e túneis, que lembram perfeitamente o clima dos dias da igreja nascente, no século I da era Cristã.


2 - Cesaréia Marítima


Cesaréia era uma das cidades mais esplêndidas da Palestina. Hoje, um importante sítio arqueológico. Foi construída por Herodes (entre 22 e 10 aC), em homenagem a César. Daí o nome de Cesaréia


O porto de Cesaréia era o maior do império. Abaixo, o anfiteatro.



Uma menção especial para Cláudia, nossa guia judia, que nada deixava passar e imprimia um rítimo fascinante a cada lugar visitado. Nesta foto, explica-nos um importante achado arqueológico: uma pedra com o nome de Herodes.

O aqueduto, que foi uma das obras mais importantes do Oriente antigo, ainda pode ser visto com sua exuberância. É emocionante ter um contato tão próximo com a história.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

2 - Monte Carmelo


Na foto acima, uma vista do Vale do Armagedom.


Estávamos sobre o Monte Carmelo. Um lugar muito bonito que nos convidou para uma breve meditação. Havia em todos a enorme expectativa pela viagem que apenas estava em seu primeiro dia. Já eram 17 h e, depois da meditação, fomos a Nazaré, onde pernoitamos.

3 - Nazaré - Igreja da Anunciação


Nazaré é uma cidade moderna, que está sob domínio muçulmano. O povo é simpático e hospitaleiro. A foto abaixo foi tirada da janela do nosso apartamento.


A Igreja da Anunciação marca o local onde o anjo Gabriel visitou Maria, anunciando a vinda do Messias. A igreja original foi construída por Helena, mãe de Constantino, mas foi destruída em 638 dC, na invasão árabe. Depois foi reerguida e inaugurada em 1964, com projeto do arquiteto Giovanni Muzio. É o maior templo católico do Oriente.




Detalhe da gruta da anunciação, que, segundo a tradição católica, foi onde o anjo apareceu.




Na foto acima, a parte central do templo com uma abóboda muito alta. Abaixo, a escadaria que dá para o pavimento térreo.

4 - Tabga - Lugar da Multiplicação dos Pães


Que momento emocionante a visita nesta igreja. O piso é original, da época do Império Bizantino (a continuidade do Império Romano, sob o domínio de Constantino.)

Lá fora, Cláudia (nossa guia), explicava o que nos aguardava do lado de dentro: mais de 1.500 anos de história.


Pasme! Essa foto é de uma das figuras que compõem o chão com o famoso mosaico bizantino. Eu pisei aquele chão com uma reverência indescritível, lembrando-me da resistência cristã em solo oriental. Se eu pudesse flutuar para não gastá-lo, teria feito.






5 - Sinagoga em Cafarnaum - Cidade de Jesus


Jesus morou nessa cidade depois de ter sido expulso de Nazaré. Imagine o alvoroço naquela pequena sinagoga, quando Jesus, após ter lido Isaías 61, afirmou que aquela escritura acabara de se cumprir. Não deu outra. Foi expulso e encontrou guarida em Cafarnaum, de onde desenvolveu todo o seu ministério terreno.


Essa sinagoga é do Período Bizantino e foi construída sobre outra sinagoga dos dias de Jesus.



Olhando para a foto abaixo, no alicerce à esquerda, você notará que a pedra é mais escura. Aquele alicerce é de uma sinagoga dos dias de Jesus. Muito provavelmente, ele esteve ali.


6 - Monte das Bem-Aventuranças


É um lugar de beleza contagiante. À margem do Mar da Galiléia, a igreja das bem- aventuranças marca o sermão mais importante e completo de Jesus, relatado pelos evangelistas.


Fomos, literalmente, inspirados pela beleza natural do lugar. As Cores vivas e os diversos tons de verde da vegetação faziam contraste com o azul do mar da Galiléia, ao fundo.


A guia nos apontou um lugarzinho aconchegante e, sentindo no rosto a brisa suave da manhã, meditamos sobre a revolucionária proposta de vida que Jesus nos faz, no sermão do monte.


Um momento raro: o grupo quieto para uma foto.

7 - Museu do Barco


Situado dentro de um Kibutz (fazenda comunitária), este museu, apesar de simples, me deu um nó no estômago, pois é o mais próximo que podemos chegar de uma embarcação das muitas nas quais Jesus navegou sobre o Mar da Galiléia.



O processo de retirada do barco foi simplesmente incrível. Uma grande obra de engenharia, capaz de preservar a madeira apodrecida de toda e qualquer avaria. Depois, a tarefa de fazê-lo flutuar novamente até ser retirado do mar e guardado no museu. Tudo isso está em um filme exibido lá.


Do lado de fora, ao fundo, o Mar da Galiléia.

8 - Travessia no Mar da Galiléia


Este, que na verdade é um grande lago de água doce em forma de pera, é chamado, na Bíblia, de Mar da Galiléia, Lago de Genesaré ou ainda, Mar de Tiberíades. É alimentado pelo Rio Jordão - a principal fonte de água doce de Israel.


À esquerda está Cafarnaum (de onde partimos) e à direita, Tiberíades, onde nos aguardava à beira do mar, uma deliciosa refeição típica: peixe com pão, salada e muito "Houmos" (um tempero em pasta, à base de grão de bico. É delicioso e é encontrado em todos os lugares de Israel).


Impressiona ao mesmo tempo em que cativa, a quantidade de gaivotas a acompanhar o barco, esperando uma guloseima.