quarta-feira, 24 de junho de 2009

26 - Masada. Uma história de resistência e bravura


Masada era uma fortaleza romana, construída sob o governo de Herodes, que servia como seu palácio de inverno. O local é muito bonito e tem vista para o mar Morto.
Em 66 dC os judeus rebelaram-se contra os romanos e forma energicamente combatidos. Tito sitiou Jerusalém e no ano 70 dC destruiu a cidade e seu templo.


Masada foi o último foco de resistência. Cerca de 1.000 zelotes acamparam ali com suas famílias. Por três anos os romanos tentaram invadir a fortaleza, sem sucessso.Em 73 dC, quando os romanos estavam finalizando um aterro de acesso à fortaleza, vendo que não prevaleceriam, o líder judeu Eleazar ben Yair reuniu-se com todos e preferiram a morte livre do que a vida escrava.


Finalmente ao conseguir invadir, os romanos encontraram somente os corpos das mil famílias, unidas pela morte. O detalhe é que as despensas estavam cheias de comida e as cisternas de água. Somente duas mulheres recusaram-se a cometer suicídio. Elas relataram a triste história a Flávio Josefo (Guerras Judaicas 7.8.1)
Massada só foi redescoberta em 1838 e, desde então, cada um de seus centímetros é explorado por arqueólogos em busca de informações sobre o passado.


Passear por entre as ruínas, ver as paredes com restos pintura com mais de 1900 anos de idade, imaginar como era a vida ali e em especial, como foi seu triste e heróico fim, foi algo inusitado. Uma sensação que se repetirá em raras ocasiões.


Na foto abaixo, Cláudia (nossa guia)nos esperava para contar essa história. Todos estávamos sentados, prestando bastante atenção. Ao final ela explicou que aquele lugar em que estávamos sentados era a sinagoga onde em assembléia toda a comunidade decidiu morrer. Depois ela me pediu para ler um trecho do discurso de Eleazar ben Yair. Li com um nó na garganta.



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