quarta-feira, 24 de junho de 2009

9 - Batismo no Rio Jordão


Considero-me alguém muito racional. Ao propor a viagem na igreja, procurei deixar meu povo o mais distante possível de qualquer tipo de mistificação com a viagem ou com os lugares visitados.

Viajar para Israel é uma experiência inesquecível, por causa do sentido de tudo o que vemos nos lugares que visitamos. Sabemos ser impossível dizer com exatidão os pontos exatos de muitos dos acontecimentos na vida de Jesus. Por exemplo, como saber, exatamente, o lugar de onde Jesus pregou o sermão do monte? Porém, o sentido daqueles lugares provocam em nós um senso de reverência, gratidão e amor indescritíveis.


Para mim, o primeiro grande impacto da viagem foi aqui em Yardenit. Faríamos uma cerimônia de batismo. Tudo corria normalmente. Eu olhava para a água ge-la-da. Devia estar fazendo uns 17 graus no ambiente. A água, depois de um dia inteiro nublado - acredite estava muito gelada. Eu já havia sentido com a ponta dos dedos, o que me aguardava juntamente com os batizandos.


Tivemos um período gostoso de louvor, dirigido pela pastora Doralice (minha esposa). Cantava louvores e contemplava a paisagem, quando caiu a ficha: Estava á beira do Jordão, e realizaria uma cerimônia batismal, no mesmo rio em que num gesto de humildade, Deus veio para ser batizado pelo homem - João. O meu Senhor estivera ali, despido de sua glória e majestade. Amigo, foi-me impossível não chorar copiosamente. Virei-me achando que ficaria discreto.
Chegou a hora de pregar. Quando olhei nos olhos dos presentes, entendi que não fui só eu a perceber a beleza e o sentido daquele momento. Os olhos marejados e os narizes vermelhos. O grupo estava em sintonia e plena adoração, naquele rio simples da Galiléia.

Foi uma experiência e tanto. Repito. Não são os lugares em si, mas o sentido que eles têm.


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